Sintomas do estresse emocional: como reconhecer os sinais no corpo, na mente e na pele

Você já sentiu que está sempre "no limite", com o corpo tenso, a mente acelerada e o humor oscilando sem motivo aparente? Muitas vezes, esses são os sintomas do estresse emocional que se manifestam não apenas nas emoções, mas também no físico, na sua pele, nos seus hábitos e até nas suas relações É comum …

A exaustão emocional muitas vezes chega de forma silenciosa. Esse balão adormecido representa como os sintomas do estresse emocional (1300) podem drenar nossa energia até nas tarefas mais simples.

Você já sentiu que está sempre “no limite”, com o corpo tenso, a mente acelerada e o humor oscilando sem motivo aparente? Muitas vezes, esses são os sintomas do estresse emocional que se manifestam não apenas nas emoções, mas também no físico, na sua pele, nos seus hábitos e até nas suas relações

É comum normalizarmos essas sensações, esquecendo que o estresse, quando crônico, pode ser um grande inimigo da saúde. 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 90% da população global enfrenta algum nível de tensão, e o Brasil está entre os países com os maiores índices de estresse e ansiedade do mundo. 

Sumário

O que é estresse emocional?

A sensação de viver constantemente sob pressão, como se a qualquer momento algo pudesse desmoronar, é o cerne do estresse emocional. Embora ele seja, em sua origem, uma resposta natural e essencial do organismo — um mecanismo de defesa que nos prepara para “lutar ou fugir” diante de ameaças — ele se torna um problema sério quando se prolonga. 

Quando essa resposta não “desliga” mais, ela se transforma em um conjunto de sintomas que afetam diversas áreas da sua vida, começando a adoecer você.

Como o cérebro interpreta pressão e transforma emoções em sintomas

Seu cérebro está em constante vigilância, captando cada desafio: um prazo apertado no trabalho, um conflito inesperado, ou o medo de não alcançar suas expectativas. Ao perceber essas situações como ameaças, ele aciona imediatamente uma complexa cascata de reações

Hormônios como a adrenalina e o cortisol são liberados, preparando seu corpo para uma ação imediata. 

Essa mobilização é vital para lidar com emergências, contudo, se a pressão persiste e você não encontra tempo para se recuperar, essa resposta de emergência se torna o “novo normal”. 

É aí que o estresse crônico se instala, abrindo caminho para o surgimento de sintomas persistentes e muitas vezes debilitantes.

Estresse “normal” versus estresse emocional: qual a diferença?

Uma apresentação importante, uma viagem ou uma semana mais exigente no trabalho podem gerar estresse momentâneo, é completamente normal e esperado. Seu corpo se mobiliza, lida com a situação e, em seguida, retorna ao equilíbrio.

O estresse emocional se torna um problema quando:

  • Os sintomas se tornam quase diários.
  • Você não consegue mais “desligar” a mente.
  • Os sinais começam a interferir na sua rotina, nas suas relações e na qualidade do seu sono.

Não se trata mais de uma reação pontual, mas de um estado contínuo onde seu corpo e sua mente não conseguem voltar à linha de base, gerando um desgaste constante.

Como o estresse emocional se espalha pela vida: trabalho, família e autocuidado

O estresse emocional não respeita limites e se infiltra em todas as esferas da sua existência:

  • No trabalho, ele se manifesta como dificuldade de concentração, lapsos de memória e uma queda acentuada na produtividade.
  • Em casa, pode gerar impaciência e atritos com a família, crises de choro inesperadas ou a sensação de que não consegue mais “dar conta” das tarefas diárias.
  • No autocuidado, a exaustão emocional faz com que você negligencie seus próprios limites, seu descanso, sua alimentação e até momentos de lazer, criando um ciclo vicioso de sobrecarga.

A sobrecarga do dia a dia pode refletir no corpo e na mente. A expressão de cansaço dessa mulher mostra como os sintomas do estresse emocional (1300) podem afetar a produtividade e o bem-estar.

Quais são os sintomas físicos do estresse emocional?

Os sintomas físicos do estresse emocional podem incluir dores de cabeça, tensão muscular, insônia, fadiga constante e palpitações. Também é comum sentir problemas digestivos, como dores de estômago ou intestino desregulado, além de queda de cabelo e baixa imunidade.

Muitas vezes, ouço relatos de pessoas que sentem seu corpo “gritando” por ajuda, mas os exames médicos voltam normais. Ao pensar nos sintomas do estresse emocional, é comum focar apenas na mente. Contudo, seu corpo é seu maior mensageiro, e ele costuma ser o primeiro a sinalizar que algo não vai bem.

Dores, tensão e cansaço: quando o corpo não relaxa mais

A tensão muscular é uma das marcas registradas do estresse. Seu corpo vive em estado de alerta, e isso se traduz em:

  • Dores de cabeça e tonturas frequentes: Resultantes da tensão muscular na região do pescoço e da liberação de hormônios do estresse, podendo evoluir para enxaquecas.
  • Tensão e dores musculares: Especialmente nos ombros, pescoço e costas, devido à contração involuntária dos músculos.
  • Fadiga constante: Uma sensação de cansaço persistente e falta de energia, mesmo após uma noite de sono, ligada ao desgaste físico e mental do estresse crônico.

Seu corpo não relaxa mais, e essa tensão se acumula, gerando desconforto contínuo.

Sono bagunçado e energia em queda: um dos sintomas físicos mais comuns do estresse emocional

A qualidade do seu sono é um termômetro preciso do seu bem-estar emocional. Se você enfrenta insônia ou um sono de má qualidade, acordando várias vezes durante a noite, é um forte indício de estresse. 

A mente acelerada, repleta de preocupações, impede o descanso reparador, fazendo com que você:

  • Tenha dificuldade para adormecer.
  • Acorde cansado, como se não tivesse dormido nada.
  • Sinta a energia em queda durante o dia, sem conseguir recuperar as forças.

Coração acelerado, falta de ar e aperto no peito: o que o estresse emocional causa no corpo?

Seu sistema cardiovascular reage intensamente ao estresse. A liberação de adrenalina faz seu coração disparar e sua pressão arterial subir, mesmo que temporariamente. Você pode sentir:

  • Palpitações cardíacas e taquicardia: Seu coração bate mais rápido, causando uma sensação de coração acelerado ou um aperto no peito.
  • Falta de ar ou respiração ofegante (hiperventilação): Momentos de tensão podem vir acompanhados de respiração curta e superficial, pela ativação do sistema nervoso autônomo, o que pode gerar tonturas.

Importante: Se você sentir dor intensa no peito, falta de ar severa ou qualquer outro sintoma cardiovascular que cause grande preocupação, procure atendimento médico de emergência imediatamente. É fundamental descartar condições mais graves.

Estômago e intestino em alerta: sintomas digestivos ligados ao estresse emocional

O aparelho gastrointestinal é um dos sistemas mais impactados, reagindo rapidamente ao estresse. Você pode experienciar:

  • Dores ou queimação no estômago (gastrite nervosa): O estresse altera a secreção de ácidos e enzimas.
  • Náuseas e enjoos: Sensações de mal-estar que podem levar a vômitos em casos mais severos.
  • Intestino desregulado: Tanto diarreia quanto constipação podem ser causadas por estresse, além de outros desconfortos abdominais e agravamento da síndrome do intestino irritável.
  • Alterações no apetite e peso: Algumas pessoas perdem o apetite, enquanto outras comem compulsivamente (especialmente alimentos calóricos) como forma de compensação emocional, levando a ganho ou perda de peso involuntário.

Imunidade, pele, cabelos e pequenos sinais que costumam ser ignorados

Além dos sintomas mais óbvios, o estresse emocional deixa sua marca em outros sistemas:

  • Suor excessivo e extremidades frias: A resposta de “luta ou fuga” aciona a sudorese (suor frio, principalmente nas mãos e pés), mesmo sem esforço físico.
  • Baixa imunidade: O estresse crônico interfere no sistema imunológico, tornando você mais suscetível a infecções frequentes (resfriados, herpes) e com cicatrização mais lenta, pois o excesso de cortisol inibe a resposta imune.
  • Dores crônicas e tiques nervosos: Tensões prolongadas podem evoluir para dores musculares crônicas (lombares, por exemplo) e o surgimento de tiques nervosos, como roer unhas ou ranger os dentes à noite (bruxismo).
  • Queda de cabelo: O estresse é um fator conhecido por precipitar o eflúvio telógeno – quando fios de cabelo entram em fase de queda prematuramente –, levando a perda difusa.

Quando somados, esses sinais, muitas vezes ignorados, formam um panorama claro de que seu corpo está tentando mostrar que precisa de ajuda.

Estresse mental: sintomas na mente, no humor e no comportamento

Sua mente também envia sinais claros quando está sobrecarregada pelo estresse emocional. Você pode sentir irritabilidade constante, ansiedade excessiva, desânimo e uma mente acelerada, cheia de preocupações. Dificuldades de concentração, lapsos de memória e mudanças bruscas de humor são comuns, podendo levar a explosões de raiva ou choro, e até mesmo ao isolamento social.

Talvez você já tenha se descrito como “temperamental” ou “nervoso”, sem nunca ter conectado essas características ao estresse emocional. 

Sentir-se irritado, esgotado ou “num fio” o tempo todo não é normal e não é sinal de fraqueza. São sintomas de estresse mental que exigem sua atenção.

Irritabilidade, choro fácil e explosões: quando o humor denuncia o estresse

Um dos primeiros e mais incômodos sinais de estresse mental são as mudanças no seu humor:

  • Irritabilidade ou impaciência: Sua tolerância a pequenos contratempos diminui drasticamente, levando a reações desproporcionais ou até agressividade.
  • Mudanças bruscas de humor: Você pode passar de um estado de calma para uma explosão de raiva ou uma crise de choro com facilidade.
  • Sentimentos de angústia ou tristeza profunda: Uma sensação persistente de desânimo e falta de motivação que não desaparece.

Frequentemente, após essas explosões, vem a culpa, o que só aumenta o desgaste emocional.

Mente acelerada, preocupação constante e sensação de estar sempre atrasado

Sua mente parece uma engrenagem que não para de girar? Isso é um forte indício de estresse. Você pode experienciar:

  • Ansiedade excessiva: Uma preocupação constante e um sentimento persistente de tensão ou pânico, muitas vezes sem uma causa clara.
  • Mente acelerada: Dificuldade de “desligar” o cérebro, especialmente à noite, com pensamentos incessantes sobre tarefas, problemas ou o futuro.
  • Sensação de estar “no limite”: Sentir-se constantemente sobrecarregado, como se não houvesse mais espaço para uma única demanda.

Esse estado de alerta mental impede o relaxamento e o bem-estar.

Memória falhando e foco prejudicado: o impacto do estresse nas funções cognitivas

Quando sua mente está sobrecarregada pelo estresse, sua capacidade de raciocínio e memória é diretamente afetada:

  • Dificuldade de concentração: Tarefas que antes eram simples se tornam árduas, pois sua mente divaga.
  • Lapsos de memória: Você pode esquecer compromissos importantes ou detalhes de conversas recentes.
  • Queda no desempenho: Seja no trabalho, nos estudos ou nas atividades diárias, a falta de foco e motivação afeta sua capacidade de concluir tarefas.

Essa “névoa mental” é um reflexo do desgaste que o estresse provoca.

Isolamento, adiamentos e autocrítica: comportamentos que sinalizam sobrecarga emocional

O estresse não só muda como você pensa e sente, mas também como você age:

  • Isolamento social: Você começa a evitar o contato com outras pessoas e a se afastar de atividades sociais.
  • Queda de produtividade e adiamentos: Há uma relutância em iniciar tarefas e uma tendência a adiar decisões, por se sentir exausto e incapaz.
  • Sentimentos de derrota e apatia: Uma perda de prazer em atividades antes apreciadas, acompanhada de autocrítica excessiva e a sensação de que não é bom o suficiente.

Esses comportamentos são alarmes de que você está sobrecarregado emocionalmente.

Alergia emocional e dermatite nervosa: quais são os sintomas de estresse na pele?

Muitas pessoas notam uma piora em condições de pele durante períodos de tensão, sem compreender a profunda conexão entre seu estado emocional e a saúde cutânea. 

Os termos populares para isso são “alergia emocional” ou “dermatite nervosa”, que descrevem erupções cutâneas que são desencadeadas ou agravadas por fatores emocionais. 

Nessas situações, o estresse e a ansiedade podem, de fato, causar coceira, vermelhidão e outras lesões na pele, mesmo sem um alérgeno físico específico. Isso ocorre porque o sistema imunológico reage às alterações químicas provocadas pelo estado emocional, liberando substâncias inflamatórias como catecolaminas e cortisol, que são a causa direta dos sintomas na pele.

Sintomas de estresse na pele: coceira, manchas, placas e sensibilidade aumentada

A pele, sendo o maior órgão do corpo, muitas vezes reflete o turbilhão interno. Você pode observar:

  • Surgimento de manchas vermelhas ou erupções: Áreas da pele que ficam irritadas e avermelhadas.
  • Coceira persistente: Uma sensação intensa que leva a você coçar e pode causar lesões.
  • Inchaço: Em regiões como mãos, pés ou até inchaço labial.
  • Suor excessivo: Aumento da transpiração sem que haja um motivo aparente de calor ou esforço físico.
  • Agravamento de condições existentes: Como caspa e oleosidade devido à disfunção seborreica.
  • Ressecamento e descamação: Em casos de estresse prolongado, a barreira cutânea fica mais vulnerável.

Dermatite nervosa, urticária e outras condições que pioram com estresse

Algumas condições dermatológicas estão claramente ligadas ao estado emocional e tendem a piorar sob estresse:

  • Crises de urticária: Placas avermelhadas na pele com coceira intensa.
  • Dermatite atópica, psoríase e vitiligo: Pessoas com essas condições frequentemente notam uma exacerbação dos sintomas durante períodos de forte tensão.
  • Acne e queda de cabelo: Mesmo esses problemas comuns podem ter seu surgimento ou agravamento associados a um fundo emocional.

Quando a pele pede ajuda dupla: dermatologia e saúde mental caminhando juntas

Quando sua pele vive em constante “crise” devido a fatores emocionais, o tratamento ideal vai além de apenas cremes e pomadas dermatológicas. É essencial abordar a causa raiz. Nesse sentido, o tratamento geralmente requer um acompanhamento conjunto:

  • Dermatologista: Para aliviar os sintomas visíveis e tratar as lesões cutâneas.
  • Psicólogo/psiquiatra: Para trabalhar as causas emocionais do estresse, com técnicas de redução do estresse, psicoterapia ou, se indicado, medicação ansiolítica.

Essa abordagem integrada garante um cuidado mais completo e eficaz para a sua pele e seu bem-estar emocional.

Este gráfico reúne os principais sintomas do estresse emocional, mostrando como ele se manifesta no humor, na mente, nos hábitos e no comportamento social.

Fases do estresse emocional e como saber se o nível está alto demais

O estresse não é uma condição estática; ele tem fases. Entender em qual fase você se encontra é fundamental para reconhecer a hora certa de buscar ajuda. 

Podemos citar principalmente três delas:

  1. Fase de alarme (ou alerta): É a resposta inicial do seu corpo ao estressor. Seu organismo mobiliza seus mecanismos de defesa, preparando você para reagir a uma ameaça percebida. Você sente um pico de energia.
  2. Fase de resistência: Se o estressor persiste, seu corpo tenta se adaptar a essa situação de tensão contínua. Você se esforça para manter o equilíbrio, usando suas reservas de energia para “resistir” ao estresse.
  3. Fase de exaustão: Após um longo período de tensão e de esforço para resistir, as reservas adaptativas do seu corpo se esgotam. O organismo não consegue mais sustentar a reação de estresse e “entra em colapso”.

Qual é a fase mais perigosa do estresse e por quê?

A fase de exaustão é, sem dúvida, a mais perigosa do estresse. Nesse estágio final, após um prolongado tempo sob tensão, os recursos físicos e mentais ficam completamente esgotados. Você se torna extremamente vulnerável a uma série de doenças.

É comum, na exaustão, surgirem:

Nessa fase, seu corpo e mente já não têm capacidade de reagir ou se recuperar adequadamente, tornando o estresse um fator de risco significativo para a saúde. Identificar os sinais antes de chegar à exaustão é crucial.

Como saber se o seu nível de estresse está alto demais?

Diferenciar o estresse cotidiano de um nível que já é prejudicial pode ser um desafio. No entanto, observe os seguintes sinais de alerta:

  • Ansiedade constante: Preocupação excessiva, um sentimento persistente de tensão ou pânico sem uma causa clara na maioria dos dias.
  • Dificuldade para dormir: Insônia ou sono muito fragmentado, associado a pensamentos acelerados que impedem sua mente de “desligar”.
  • Irritabilidade e impaciência: Tolerância baixa a contratempos, explosões de raiva ou choro fácil, indicando sobrecarga emocional.
  • Dores frequentes sem explicação médica: Dores de cabeça recorrentes (enxaquecas), dores musculares ou problemas gástricos que não encontram outra causa aparente.
  • Queda no desempenho e concentração: Esquecimento de tarefas simples, dificuldade de focar no trabalho/estudo e lapsos de memória, acompanhados de confusão mental.
  • Alterações de apetite e hábitos: Comer muito mais ou muito menos que o habitual, ou recorrer a substâncias como álcool, cafeína em excesso ou tabaco para “aguentar o dia”.
  • Problemas de humor e desânimo: Sentimentos de derrota, apatia ou falta de prazer em atividades que antes eram prazerosas, aproximando-se da exaustão emocional.

Se você se identifica com uma combinação desses sintomas de forma persistente, é um forte indicativo de que seu nível de estresse está alto demais e é hora de buscar ajuda profissional.

Qual o órgão mais afetado pelo estresse emocional?

A ideia de um “único órgão” mais afetado pelo estresse é um mito. Na verdade, o estresse desencadeia uma reação em cadeia que atinge o organismo como um todo. Contudo, alguns sistemas do corpo, por sua sensibilidade, costumam dar sinais mais evidentes e sofrerem mais intensamente.

Coração e circulação: por que o sistema cardiovascular sente tanto o estresse emocional

Quando você está sob estresse, seu corpo libera hormônios como a adrenalina e a noradrenalina. Esses hormônios aceleram os batimentos cardíacos, causando taquicardia, e promovem a vasoconstrição dos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial. Se esse estado se repete ou se prolonga, o sistema cardiovascular é sobrecarregado. 

O estresse crônico está associado a um maior risco de hipertensão, arritmias cardíacas e eventos graves como infarto e AVC (acidente vascular cerebral). Seu coração e artérias sofrem diretamente com essa tensão contínua.

Estômago e intestino: o aparelho digestivo como “termômetro” do estresse

O aparelho digestivo é um dos sistemas mais impactados pelo estresse. Situações estressantes alteram a motilidade gastrointestinal e a secreção de ácidos e enzimas. Isso pode resultar em:

  • Dor, inchaço abdominal e náuseas.
  • Vômitos, diarreia ou constipação em casos mais severos.
  • Desequilíbrio da flora intestinal.
  • Favorecimento de problemas como gastrite, úlceras pépticas e síndrome do intestino irritável.

Muitas pessoas “sentem no estômago” quando estão nervosas muito mais do que em qualquer outra parte do corpo.

Pulmões, hormônios e ciclo menstrual: outros sistemas que sofrem em silêncio

Além do coração e do sistema digestivo, o estresse afeta uma gama de outros órgãos e sistemas:

  • Sistema respiratório: Pode reagir com crises de asma ou hiperventilação em momentos de forte abalo emocional.
  • Sistema endócrino: O estresse crônico causa desequilíbrios hormonais, podendo desacelerar a função da tireoide e alterar hormônios sexuais, o que contribui para irregularidades menstruais ou queda da libido.
  • Fígado e rins: Órgãos como o fígado podem receber uma sobrecarga de cortisol, aumentando processos inflamatórios. Os rins podem ser afetados por alterações na circulação e no equilíbrio eletrolítico decorrentes do estresse crônico.

Cérebro e sistema nervoso: como o estresse emocional remodela pensamentos e reações

Seu cérebro é o centro regulador do estresse, percebendo as ameaças e desencadeando as respostas hormonais. Sob estresse crônico, há alterações significativas:

  • Amígdala: A região ligada ao medo e ao alerta fica hiperativa.
  • Hipocampo (memória) e Córtex Pré-Frontal (tomada de decisões): A função dessas áreas pode ser prejudicada.
  • Desgaste cerebral: O estresse excessivo provoca alterações nas conexões neurais e libera substâncias excitatórias que, em longo prazo, levam a problemas de memória, concentração e aumento da ansiedade.

Quando os sintomas do estresse emocional exigem ajuda médica e tratamento especializado?

É hora de considerar buscar ajuda profissional quando os sintomas de estresse emocional se tornam persistentes e impactam negativamente sua qualidade de vida. Preste atenção se você:

  • Sente esgotamento e exaustão frequente, física e mentalmente.
  • Experimenta crises de choro sem motivo aparente e com frequência.
  • Perdeu o sentido ou o prazer em atividades que antes eram importantes para você.
  • Percebe um impacto negativo nas suas relações mais próximas.
  • Tem dificuldade em gerenciar suas emoções, com irritabilidade ou tristeza intensa.
  • Sente-se “no limite” a maior parte do tempo, sem perspectiva de melhora.

Se esses pontos ressoam com você, não hesite em procurar apoio.

Quando o estresse emocional pode se transformar em ansiedade, depressão ou burnout

O estresse contínuo não causa apenas desconforto; ele funciona como um “abridor de portas” para condições mais sérias. Níveis elevados de cortisol podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos como ansiedade e depressão, pois desequilibram neurotransmissores importantes relacionados ao humor. 

Ou seja, o estresse prolongado não gera apenas sintomas temporários, mas pode evoluir para doenças psíquicas mais sérias, como a síndrome de burnout, se não for controlado adequadamente. Intervir antes da fase de exaustão é fundamental.

O que o psiquiatra avalia em casos de sintomas de estresse emocional

Quando você me procura com sintomas de estresse emocional, minha abordagem é acolhedora e investigativa. Eu escuto atentamente sua história, sua rotina, seus desafios e seus recursos. Meu objetivo é:

  • Diferenciar o estresse de outros possíveis transtornos.
  • Considerar seu histórico pessoal e familiar.
  • Analisar o impacto do estresse em todas as áreas da sua vida.
  • Se necessário, solicitar exames complementares para descartar causas físicas dos sintomas.

Compreender a totalidade da sua experiência é essencial para construirmos juntos o melhor plano de cuidado para você.

Tratamento: o papel da medicação, da psicoterapia e das mudanças na rotina

O tratamento para os sintomas do estresse emocional é sempre individualizado. Em alguns casos, a medicação pode ser indicada para aliviar sintomas intensos e ajudar a reequilibrar a química cerebral, sempre com acompanhamento. 

Em outros, a psicoterapia é a ferramenta principal, auxiliando você a desenvolver estratégias de enfrentamento, a modificar padrões de pensamento e comportamento, e a resgatar seu bem-estar.

As mudanças no estilo de vida também são pilares do tratamento:

  • Atividade física regular.
  • Alimentação equilibrada.
  • Técnicas de relaxamento (meditação, respiração profunda).

Não existe uma fórmula única, mas sim um caminho de autoconhecimento e construção de uma vida mais equilibrada e sustentável.

Quando a mente fica sobrecarregada, tudo parece nebuloso. A imagem retrata como a confusão mental e a preocupação constante podem ser fortes sintomas do estresse emocional (1300).

O próximo passo se você se reconheceu nos sintomas do estresse emocional

Se você se identificou com os sintomas do estresse emocional ao longo deste texto, talvez seja hora de buscar ajuda. Sua rotina pode ser exigente, suas responsabilidades muitas, mas você não precisa viver em sofrimento constante. 

Comece a observar seus sintomas com mais clareza. Talvez seja útil:

  • Anote o que sente no corpo, na mente e na pele.
  • Converse com pessoas de confiança sobre suas experiências.
  • Considere pequenas mudanças no seu dia a dia, como dedicar alguns minutos à respiração consciente.

Reconhecer um problema é sempre o primeiro passo para encontrar uma solução.

E, se você busca um cuidado individualizado e um acompanhamento profissional para lidar com os sintomas do estresse emocional, convido você a agendar uma consulta. 

Atendo como psiquiatra em Curitiba e também de forma online. Meu objetivo é ajudar você a construir uma vida com menos sobrecarga e mais sustentação emocional, onde o bem-estar não é um luxo, mas uma prioridade inegociável.

Permita-se dar o próximo passo rumo ao seu cuidado.

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Dra. Priscila Ruwer

Dra. Priscila Ruwer

Sou médica psiquiatra em Curitiba, formada pela Universidade Federal de Goiás, com residência médica em Psiquiatria e especialização em Atenção Básica pela UFSC. Penso na psiquiatria não só como um conjunto de técnicas da medicina, mas como uma prática centrada na escuta ativa e cuidado individualizado. Atendo em consultório no centro de Curitiba e também realizo consultas online, acompanhando casos de ansiedade, depressão, TDAH, transtornos de humor e outras condições que precisam de atenção especializada. Meu objetivo é construir, junto com você, caminhos para recuperar sua qualidade de vida.

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